Voo rápido sem destino
Entrei num blog e li a frase que o autor escolheu para o
prefaciar.
"Que outros se orgulhem das páginas que escreveram; a mim, orgulham-me as que li" (Jorge Luis Borges).
Pensei, que grande vaidade esta humildade apregoada, a da pessoa que a adoptou como se si fosse um pouquinho. É que se calhar (o pensamento vive em muitas áreas no campo dos talvez), se calhar só um escritor como Jorge Luis Borges a pode dizer com verdadeiro sentimento e modéstia.
Há pouco houve um clic cá dentro,
como foste escolher essa frase, Vague?? (subitamente liguei-me à corrente das ideias) pois eu que nunca escrevi a não ser em cadernos pretos, e num ou noutro jornal regional, não espanta que diga isso, porque não tenho
mundo na escrita. Só quem o tem, pode ostentar essa modéstia. Pois quando nos entregamos ao que fazemos com paixão e nos esquecemos que o tempo voa desesperadamente em direcção a lado nenhum, quando nos entregamos assim, não é orgulho a palavra que descreve o que sentimos no que fazemos?
Por outro lado...será
orgulho a palavra que melhor define
para cada um, individualmente, o sentimento de realização pessoal?
Se calhar o dono do blog achou que estava a homenagear JL Borges e possivelmente mais não fez que defender-se a si próprio.
(Gostava era de, um dia quando morrer, poder dizer, com direito próprio, como Neruda disse nesse livro que está na lista cá de casa dos livros a ler:
Confesso que vivi)
Agora vou dedicar-me a outros prazeres do ócio, entre outros a leitura folheante da Vogue e da Luxwoman e finalmente (infelizmente?) acabar de ler o livro de bolso que me acompanha. Louvado seja o A. Lobo Antunes.
(mas antes vou pegar num Calvin and Hobbes e aprender mais umas manhas)