Um dia não são dias, pois não?
Uma noite inteira dormida sem sonhos esquisitos, sem sms's do Paulo Portas a perguntar-me a que horas é que nos encontrávamos na Kapital (não sei de onde me saíu isto) e, cúmulo dos cúmulos, um sonho recente em que o Alexandre Frota aparecia, eu nem quis acreditar quando acordei. Não se passou nada, nem isto é sintoma de algum desejo recôndito (espero que não haja aí nenhum especialista em sonhos, e se houver eu desminto-o), até porque o acho execrável, do pouco que vi na tv e pela profissão paralela que tem. Há preconceitos que não faço mesmo questão de ultrapassar.
Este está a ser o 1º momento de repouso de hoje, sentada e já mais serena enquanto espero a sopa que aquece no micro-ondas.
O dia previa-se cheio. Combinei com irmã ir buscá-la a meio da tarde para levar sobrinha ao médico. Enquanto trabalhava, grande alvoroço pelo escritório dentro. Uma colega foi assaltada por esticão, a meio da manhã, ali mesmo ao nosso lado, numa rua onde passa muita gente e onde todos se conhecem. Cai ao chão, magoa-se, resiste ao assaltante quando faz força sobre a mala que está debaixo do corpo mas ele, mais forte, consegue tirá-la. Para além do choque emocional, o saber que documentos pessoais, cartões de crédito com código perto, e chaves estavam na posse do assaltante. E...incrivelmente...ninguém acudiu aos gritos de socorro, nenhuma pessoa que passava gritou a pedir ajuda, ninguém a tentou ajudar. Entendo que sob o efeito emocional de algo inesperado e violento uma pessoa que assista fique em estado de choque. Mas 5 ou 6 pessoas?? Todas paradas a olhar - pararam para olhar a cena e para a poder descrever em pormenor depois na conversa do café??
Telefonar GNR, levar colega a casa, fazer telefonemas, acalmar ânimos, telefonar bancos. Que dia, passei o resto da manhã nisto.
A violência de algo que nem se passou directamente comigo. Estou mesmo a precisar de férias. Se Deus quiser (e Ele vai querer, já combinámos tudo) em Janeiro vou fazer umas férias, uns dias longe daqui e do trabalho. Só desejo e preciso pôr tudo em ordem até ao fim do ano e não deixar nada pendente nem muito dependente de mim.
As noites mal dormidas, o trabalho e o cansaço devastam uma pessoa. E quem foi mãe há um mês não fui eu : )
Ufa...estou a precisar de ler poesia. Ou de massagens. Ou de sossego. Ou de nada, absolutamente nada. Zen.