A passage in time*
Este é o último dia de 2004 (lembram-se de quando dizíamos 'no ano 2000 onde estarei?). Não se impõe um balanço e as solenidades desnecessárias aborrecem-me. Talvez por isso me aborreça às vezes comigo, logo me reconciliando, afinal é comigo mesma que vou acordar todos os dias da vida.
Gostei de tanta coisa na bloosfera. Descobri que os afectos são aqui possíveis, que o calor de umas mãos e de um coração pode alcançar teclados alheios e chegar célere a outro coração, a outras mãos que se abrem.
Este blog não é autobiográfico mas é atravessado aqui e além por bocados de mim, seja eu Vague, seja eu o meu verdadeiro nome lá fora.
Envio daqui um abraço especial para a
Noite, que amanhece agora em Macau, 8 horas adiante de nós.
No seu tempo o relógio parou no
Ad tempus. Mas rapidamente o passo se acelerará e uma coisa quero ter como certa, tudo o que interessa é definir prioridades e dar alento aos que sofrem. Não são precisas guerras pequeninas nem grandes para nos matarmos uns aos outros, a Natureza é por si devastadora. E inimputável.
The Passenger
Bettmann
*Dead can dance