Concerto de Solidariedade pela Saúde Mental - 26/11, 22h. Novo cartaz com a presença confirmada de Rodrigo Leão
A saúde global de um ser humano passa necessariamente pelo bem estar mental e psicológico do indivíduo. Ainda não é comum reconhecer isso com naturalidade e franqueza; Ainda existe um certo tabu, um mito à volta destes casos que conhecemos e que acontecem sempre aos outros. Actualmente, devido à divulgação de situações que podem acontecer a qualquer um (por ex, uma depresssão reactiva a um acontecimento ou uma depressão endógena, relacionada com, segundo julgo saber,um distúrbio químico no cérebro) estas situações aceitam-se, mas ainda há a vergonha, a vergonha de assumir, a vergonha de dar parte de fraco, numa ideia comum partilhada de que 'eu não tenho tempo para depressões'.
Ora, urge desdramatizar e sensibilizar e ACEITAR. Uma doença psiquiátrica ou mesmo uma perturbação a esse nível pode ter custos enormes para a vida profissional, social e afectiva do indivíduo. Não falo apenas de depressões, falo também de bipolaridade e de OCD (distúrbios obcessivos-compulsivos). Felizmente tem havido uma certa tentativa de consciencialização da opinião pública e nisso têm ajudado pessoas conhecidas que dão a cara pela defesa da não discriminação e pela ajuda, pela aceitação. E pode ser tratada ou pelo menos comtrolada uma doença relacionada com a mente (a mente é um poço imenso...) e é por isso que ainda mais necessário se torna a nossa receptividade a casos como estes, que podem dar cabo de uma vida - literalmente - se não forem aceites como são e acompanhados. Ninguém está livre nem inocente e qualquer um de nós pode um dia escorregar em direcção ao abismo. Encaremo-lo.
E no dia 26 de Novembro, enchamos o Fórum Lisboa (antigo Cinema Roma) e assistamos ao que prevejo ser um excelente espectáculo, convictos na nossa cidadania, que não passa só nem principalmente por 'votar'. A solidariedade não é nem pode ser mote de campanha para os políticos nem para aparecer nas revistas cor de rosa. A solidariedade é etérea e real - quem não puder ir passe a palavra. Mas não sabem o que vão perder;)