A jUstiça no seu melhor...
Num dos cadernos de capa dura que imitam livros, recolho, ao longo dos anos, frases, notícias, poemas, pensamentos, meus e de outros. Os tais que ficarão para
minha memória futura. Excertos de momentos e de vidas, de pequenas vidas que vamos vivendo em cada dia, em cada momento.
Abri ao
acaso e
procurei:
"As pessoas não valem por aquilo que escrevem, mas por aquilo que são capazes de fazer pelo seu semelhante."
(F. Ferrão)
Não sei quem é este senhor, deve ser um perfeito desconhecido e o mundo pertence na maior parte aos perfeitos desconhecidos.
Segue um abraço para o António Caldeira, do
Portugal Profundo e admiração pelo empenho, quase temerário, que pôs neste caso.
E ninguém o pode calar, ninguém tem o direito de o fazer: o processo não está em segredo de justiça (e se estivesse? é um valor absoluto? até onde pode ir? que bens se protegem e que bens se sacrificam? [e por aí fora]) e se não fosse a mediatização potenciada pelo seu blog, à custa de prejuízos pessoais, acredito que o assunto morreria facilmente. Assim talvez morra também, mas nós ficaremos a saber que há pessoas suficientemente corajosas, temerárias mesmo, que dão a cara por causas difíceis de advogar. E isto inspira-nos e move-nos também.
O António Caldeira será porventura o primeiro blogger português que terá deposto (hoje?) como arguido num processo relacionado com conteúdos do blog.
Para além do caso judicial e político, pode fazer-se aqui uma leitura e retirar consequências para um estudo do fenómeno da blogosfera.