e com papas e bolos se apanham os tolos
Fujo das livrarias como o diabo da cruz. Os livros estão caros e eu tenho gasto muito dinheiro em livros (...ai!). Faltam-me comprar coisas cá para casa, quero comprar um leitor de dvd's, acabar de decorar a casa, aliás, espero nunca acabar a decoração, já que não gosto de casas estáticas e muito certinhas,
cuidado com o tapete, que é branco!,
não me partas isso, foi caríssimo,
bébé da tia, não mexe!
Por isso passo frequentemente ao largo das livrarias, sem entrar, por exercerem sobre mim um fascínio irresistível, tal como as perfumarias e outros sítios onde gosto de me perder e onde tenho mesmo que dispensar companhia, ninguém aguenta o tempo que eu gosto de me demorar, se o tiver, esquecida das horas e eu não tenho que aguentar a falta de paciência alheia.
A moda dos livrinhos de bolso que nos tempos da adolescência (estou na idade em que se começa a ter já muitas referências, algum passado, quem me dera ter mais mundo...) abundavam, parece ter ressurgido agora, num conceito mais apelativo.
Tudo a € 5,00, é aproveitar, minha gente! É a Dom Quixote, Asa, é a Editorial Notícias e outras que mais.
À conta disto, eu que quando olho para o preço dos livros, penso para comigo,
hoje não, este custa quase €20,00 e a verdade é que os outros 5 que compraste nos últimos meses ainda estão alinhados na prateleira dos próximos a ler, à conta da conversa dos 1000$00, dizia eu, comprei da última vez os seguintes livros de bolso,
todos baratinhos a €5,00:
Algumas crónicas (A. Lobo Antunes)
O fantasta dos Canterville (O. Wilde)
Meditações orientais de Confúcio e Lao Tse, e
A casa dos budas ditosos (J. Ubaldo Ribeiro)
5, 10, 15, 20 euros, pois é; fui bem apanhada, não fui?
adenda: valem a pena, são livrinhos pequenos, lêem-se bem e em qualquer lado, não se magoam muito se forem lançados à pressa para dentro da carteira, permitem-nos ter obras clássicas e deliciosas e preços imbatíveis. (Sim, sei que estraguei o efeito e não mostrei arrependimento. E o 1º que atirar a pedra...)
:)